2 SEMANAS NUMA PRAIA EM CABO VERDE, PELAS TARTARUGAS!

Talvez tenha endoidecido de vez, mas a verdade é que estou muito contente por, finalmente, poder partilhar esta novidade com vocês! Este verão irei juntar-me à Turtle Foundation como voluntária em Cabo Verde!

O objetivo deste projeto é evitar a extinção das tartarugas marinhas, que estão cada vez mais ameaçadas. Estas tartarugas são caçadas no mar e em terra, os seus ovos são roubados e os ninhos destruídos, assim como o seu território. O aumento do turismo e da construção de edifícios e resorts piora ainda mais a situação. Não sei se sabem, mas as tartarugas nidificam sempre na mesma praia (a praia em que nasceram) e portanto estas construções são cada vez um problema maior para as tartarugas. Para além disso, elas sentem-se atraídas pela luz da Lua, e, por vezes, uma luz acesa durante a noite num quarto de um hotel é o que basta para elas seguirem em direção a essa luz, acabando depois desorientadas e em desidratação quando o sol nasce, podendo mesmo morrer. Tudo isto passa pelo plano de ação desta Fundação, que está presente em vários países. Escolhi Cabo Verde (mais especificamente, o acampamento em Lacacão, na Ilha de Boavista), onde um dos objetivos passa também por colaborar com a comunidade de forma a erradicar a caça à tartaruga marinha.  

Em 2007 foram abatidas mais de 1.100 tartarugas, quando elas vieram a terra para nidificar. A Fundação entrou em ação, e, no ano seguinte, este número estava reduzido a 60 tartarugas!

Todos estes ideais fizeram com que quisesse unir-me a este projeto, trabalhar e aprender com ele, no fundo, contribuir para uma causa que tanto me apaixona! 

Vão ser então duas semanas a acampar na praia, em condições muito simples (para minimizar ao máximo o nosso impacto no ambiente), onde o trabalho de voluntários short term (como eu) passa por patrulhas ao longo das praias, auxiliar tartarugas que possam estar doentes ou perdidas e garantir o seu regresso ao mar, monitorizar os ninhos, recolocar aqueles que possam estar em perigo, auxiliar as tartarugas durante a nidificação, recolher dados sobre a sua biologia, etc etc. Há muito a fazer para que possamos proteger quer as tartarugas que vêm a terra nidificar, quer os bebés que nascem e que têm de percorrer a praia em direção ao mar. Para que o possam fazer em segurança, é necessária a intervenção da Fundação e dos voluntários nesse aspeto também. 

E quanto aos custos?

1. Temos o custo do voo, que convém ser reservado o mais cedo possível, para que possamos poupar ao máximo. Dou-vos o meu exemplo, há mais ou menos 1 mês, o voo custava à volta de 600€ ida e volta, direto de Lisboa à Ilha de Boavista, mas agora ronda os 900€.

2. É necessário também adquirir passaporte, por 65€.

3. Em Cabo Verde, a estadia (que inclui alimentação) tem o custo de 20€/dia, sendo que a estadia mínima é de duas semanas. Pessoalmente, optei por ir de dia 18 de Agosto a dia 1 de Setembro!

4. Para além disso, é necessário 50€ para custos administrativos.

Outros pontos importantes:

1. A Fundação garante o transporte do aeroporto até ao acampamento (e vice-versa);

2. A Fundação fornece-nos o visto que é necessário apresentar para podermos entrar em Cabo Verde (eu já tenho o meu!);

3. É obrigatório possuir algum tipo de seguro de saúde;

4. A alimentação, como referi antes, já está incluída;

5. De momento, não são necessárias vacinas específicas para Cabo Verde, para além daquelas no nosso boletim de vacinas;

6. Quanto a material, a Fundação fornece uma lista daquilo que é aconselhado levar - aqui!  

É triste que seja necessário intervir, mas por outro lado, já que tal é necessário, mal posso esperar por estar em contacto com estes animais lindos e contribuir para a conservação da sua espécie! Sem dúvida que embarcar sozinha numa viagem destas vai ser uma grande aventura, mas acho que sair da minha zona de conforto me trará também muitas vantagens a nível de desenvolvimento pessoal!

Espero também ter despertado o vosso interesse para esta causa, quem sabe talvez queiram juntar-se a mim e aos outros voluntários, se o quiserem fazer (aqui), não hesitem em contactar-me quer pelos comentários, quer pelo mail do blog (messygazing@gmail.com), terei mesmo todo o gosto em responder a quaisquer dúvidas que possam ter!!

PELA PRIMEIRA VEZ NO PORTO!

Hoje trago-vos um pouco daquilo que foi, por mais estranho que pareça, a minha primeira viagem ao Porto! Há muito tempo que olhava para fotografias desta bela cidade e desejava ter a mesma experiência, e assim, (finalmente!) parti com a minha família nesta pequena aventura!

Havia imensos pontos que queria visitar, como por exemplo o Palácio de Cristal e a Livraria Lello, resolvi logo anotá-los todos numa pequena lista mas, muito infelizmente, o meu pai assumiu o controlo da viagem, ignorou todas as minhas sugestões, e decidiu que o centro da cidade ficaria para outro dia (uma parte 2, digamos) e que, então, iríamos passar uma tarde descontraída junto ao rio e ao mar.

No fim, acabei por admitir que a ideia dele foi realmente muito boa. Pudemos passear com calma e experienciar a cidade e a verdadeira alma dela.

A primeira paragem foi o Farol de Felguerias, na foz do rio Douro e no seu encontro com o oceano. Sempre fui uma pessoa muito ligada ao mar e portanto estes momentos junto a ele, apenas a sentir o ar puro e a observar as ondas, souberam-me por tudo! São estes instantes e paisagens que comprovam que a felicidade está mesmo nas coisas simples.

A Ponte D. Luís I foi a próxima paragem. Não só é uma ponte impressionante de um ponto de vista arquitetónico e cultural, como também me deixou de boca aberta graças ao cenário que a envolve. O rio, os edifícios e a cultura transportam-nos para outro mundo e torna-se impossível não sorrir.

Partimos depois numa viagem de barco, a preço de turista, como seria de esperar, que custou então 15€ e durou cerca de uma hora. É realmente um valor um pouco elevado, mas adorei percorrer o rio de outra perspetiva, sentir os ocasionais salpicos de água e absorver todo aquele cenário. Acho que é uma experiência que vale muito a pena! 

As ruas tão caraterísticas e cheias de história, as casas coloridas e a descontração que se vivia à beira daquele rio foram das coisas que mais me impressionaram nesta cidade. As pessoas estavam simplesmente sentadas e deitadas pelo chão, a apreciar o bom tempo e todo aquele quadro estonteante, livres de correrias, do barulho e ambiente de uma cidade agitada, e isto foi algo que realmente me surpreendeu! 

Também eu me senti tentada ao mesmo, e assim o fiz! 

Acabei o dia bastante cansada, mas feliz e com o espírito renovado, e acho que é isso que nos mostra o quão especial esta cidade é.
Resta-me aguardar pela parte 2 desta viagem, espero que tenham gostado e peço-vos que me recomendem os vossos sítios preferidos no Porto, para que os possa visitar da próxima vez! ;)